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IGREJA, POVO DE DEUS EM MARCHA

        Para que a salvação continuasse sendo anunciada aos homens de todos os tempos, sua ascensão ao céu, Jesus instituiu a Igreja, cuja missão é divulgar a Boa Nova, ou seja evangelizar os povos.

        Para formar a Igreja, Jesus reuniu gradativamente uma comunidade de pessoas que entenderam Seu chamado: "Vem e Segue-me". Chamou-os para percorrerem os mesmos caminhos com provações, despojamento, na luta pela paz e justiça.

        A esses apóstolos instruiu e treinou dando-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e o dom de curar as doenças. Enviou-os a pregar o Reino de Deus.

        Certamente Jesus percebeu em sua convivência com os apóstolos que Simão (Pedro) era um homem corajoso, decidido e disponível e o escolheu para o chefe da sua Igreja. Porém somente quando Pedro professou claramente a sua fé: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo" - é que Jesus o definiu como "pedra", sustentáculo de sua Igreja sobre a qual as portas do inferno não prevaleceriam.

        Preparada a comunidade, indicada a pedra-base a Igreja é fortalecida com a vinda do Espírito Santo (Pentecostes). Então animados pela força e instruídos pela sabedoria do Espírito Santo, os apóstolos iniciaram a pregação da "Boa Nova", como Igreja na história da humanidade.

        Desde o AT a Igreja é o Povo de Deus caminhando para o Senhor. É um povo eleito, universal, pois não depende de raça, idioma ou qualquer particularidade humana.

        A Igreja é um povo de seguidores no qual cada um desempenha sua função para o crescimento de todos. É constituída de "Gente Santa", gente que sabe servir.

        Para cada cristão "ser povo" é "ser Igreja", é ter consciência que o valor pessoal só é verdadeiro quando cada um está ligado à comunidade vivendo o amor fraternal.

        Estamos em marcha, na história, a Igreja está em constante adaptação de sua vivência às condições do mundo, em suas épocas, porém permanecendo sempre fiel às origens. A Igreja é apostólica porque exige fidelidade à doutrina dos apóstolos que nos é transmitida pela Palavra de Deus na Bíblia e pelos bispos que unidos ao Papa são como sucessores dos apóstolos e legítimos intérpretes da sua doutrina.

        Com esse compromisso de fidelidade a Igreja realiza a evangelização universal: a nível mundial, pelos documentos e profetismo papais; a nível nacional, com seus grandes momentos (como a Campanha da Fraternidade) e com a palavra de nossos bispos nos documentos da CNBB e de suas dioceses; a nível local, nas paróquias onde a evangelização concretiza-se na celebração da Eucaristia, na administração dos sacramentos e nas atividades pastorais; a nível familiar, onde a evangelização se faz como Igreja doméstica.

        Toda a Igreja é chamada a realizar a tradição que é unir o passado, o presente e o futuro, em um enriquecimento contínuo. O que foi recebido pelos apóstolos foi enriquecido pelas gerações cristãs nestes 20 séculos, e a nossa geração está dando também a própria contribuição. É a juventude perene da Igreja.

        Ao reunir todos os homens, em Cristo, a Igreja forma seu Corpo Místico, onde Cristo é a cabeça e nós somos os membros, que seremos santificados pela sua graça.

        É a universalidade da Igreja que a leva a muitos e diferentes locais a muitas e diferentes formas de evangelizar pelo mundo a fora, com expressões e ritos de acordo com cada realidade. Em cada local a Igreja vive e discute os problemas específicos. Fala ao homem do campo e ao homem da cidade e se faz presente em suas festas específicas.

        A Igreja Universal também acontece nas pequenas comunidades como a nossa, quando os irmãos reúnem-se na fé, dialogam entre si e com Deus, de tal forma que aqueles que observam estas comunidades possam dizer como diziam dos primeiros cristãos: "Vede como eles se amam". Assim devem ser as comunidades eclesiais de base, as equipes de casais e as famílias cristãs.